quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Nunca pensei dizer

Nunca pensei dizer que estou cheio de saudades da minha terra. Da minha cidade, do meu litoral, do meu conforto. Aqui longe, estou em banho-maria os dias passam depressa mas devagar. Acordo cedo descanso pouco, mas logo se passam semanas sem sequer dar-mos por elas. Quero a Azeitão, a serra da Arrábida, a minha Troia, as minhas praias, o meu Alentejo, o meu Gerês. Os meus bifes grandes e batatas fritas, as minhas empadas da pizzaria do Bomfim, as pizzas do "Palinhe", a sangria do "Palinhe", os croissants com galinha, enfim, tantas outras coisas que agora nem me lembro bem. O que mantém aqui? a esperança de que isto acabe depressa, e, logo logo trabalhar uns meses a ganhar bem e poder regressar aos braços do que deixei para trás. Familia, amigos, amores, coisas. Saudades. 

O trabalho corre bem, o viver em comunidade com pessoas pouco limpas e desorganizadas é o que me corrói. Perguntam-se vocês a quem estou eu a chamar desorganizado, pois bem, comparados a mim eles são mesmo desorganizados e porquinhos, para não chamar pior. Por isso quem me conhece sabe. 


2 comentários:

cursed eyes disse...

é sempre assim. o bom é ter uma casa de que sentir falta. se não a tivesses, era pior.
assim que regressares ao teu conforto, não vais achar que cabes nele. já não. bem diz o sábio do JCF, vivemos perseguidos pela suposição de que a vida é sempre noutro lugar.

dos porquinhos, habitua-te. coexisitência é foda, há que adaptar.

e olha, das pizzas, da sangria, dos croissants, da arrábida, de azeitão e de tróia até eu tenho saudades.

mas também tenho de outras serras. um dia. não apressar as coisas. a vida é essa, não é noutro lugar.

con patatitas.

Renata disse...

Quando voltares tudo isso vai estar à tua espera, com o teu novo olhar. Sabes é preciso estar longe para dar o real valor às coisas que tinhamos.
Falta pouco tempo para ir contigo novamente ao Paulinho beber do nectar :).

Beijos adoro-te
FA